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Projeto Parto Adequado reforça combate à mortalidade materna

O Projeto Parto Adequado está ampliando seu foco de ação e reforçando, entre os hospitais participantes, medidas para reduzir a mortalidade materna. Inicialmente, as ações serão desenvolvidas nos 27 estabelecimentos públicos de saúde que fazem parte da iniciativa, mas até o final do ano serão expandidas aos demais 87 hospitais privados. As medidas contemplam capacitação de profissionais de saúde, melhorias de unidades de atendimento para entrega de um melhor cuidado e assistência às gestantes e o empoderamento das mulheres na tomada de decisões para que tenham acesso a um cuidado de qualidade e a um parto seguro. O Parto Adequado é uma iniciativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e Institute for Healthcare Improvement (IHI), com apoio do Ministério da Saúde.

Recentemente, os hospitais públicos que integram o projeto se reuniram em São Paulo, em uma Sessão de Aprendizado Presencial, para dar início às atividades. A ideia é direcionar o conhecimento proporcionado através do Parto Adequado, que até agora centrou-se na diminuição das cesarianas desnecessárias, para teorias de mudanças relacionadas à redução de mortes maternas, tema de grande preocupação das autoridades de saúde. Para isso, contam com o apoio financeiro do programa global MSD para Mães, que tem como objetivo combater a mortalidade de mulheres no mundo e é parceiro do Parto Adequado.

Medidas para reduzir mortes relacionadas à gravidez e ao parto já foram testadas com sucesso no hospital Agamenon Magalhães (HAM), em Recife (PE), que alcançou resultados bastante expressivos. Agora, as boas práticas servirão de exemplo para os demais participantes do Parto Adequado. A meta inicial de 30% de redução de taxa de mortalidade de mulheres durante a gravidez ou até 42 dias após o parto no HAM quase dobrou, chegando a 54,23%. Antes do projeto, o intervalo entre os óbitos era de quase 18 dias. Após a implementação das ações, o hospital chegou a ficar 229 dias sem registro de óbito materno.

“O Parto Adequado tem alcançado resultados muito positivos no que concerne à redução de cesáreas realizadas sem necessidade. Nosso intuito agora é evoluir em direção à melhoria do cuidado às gestantes, ampliando o foco do projeto com medidas específicas que ajudem a reduzir as altas taxas de mortalidade”, destaca o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Rodrigo Aguiar. “Sabemos que a maioria das complicações que resultam na morte de mulheres se desenvolve durante a gravidez e a maior parte delas pode ser evitada e tratada com cuidados pré-natais durante a gestação e o parto e com assistência qualificada nas semanas após o parto. São soluções viáveis e que salvam vidas, contribuindo para a saúde do conjunto da população”, ressalta o diretor.

O presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Sidney Klajner, reforça que além dos bons resultados já obtidos em relação ao número de cesarianas desnecessárias, os hospitais que integram o Parto Adequado avançaram também na diminuição de eventos adversos. “Houve uma queda de 35% em média dos eventos adversos com mães e bebês. Nossa meta com essa união de projetos é diminuir ainda mais esses eventos adversos e as taxas de mortalidade materna”, destaca Klajner.

Na Sessão de Aprendizado Presencial, a coordenadora do projeto na ANS, Jacqueline Torres, propôs uma dinâmica diferente e pediu que os participantes pensassem nos abraços de suas mães e trocassem esses abraços entre si. Na sequência, lembrou aos presentes que muitas crianças nunca receberão um abraço de suas mães devido à morte materna. “Foi uma forma de mobilizar afeto, empatia e comprometimento de todos pelo fim das mortes maternas.” Comentou Jacqueline. Ao final do segundo dia, as lideranças dos hospitais foram convidadas a escolher um nome para a iniciativa e o vencedor foi “Abraço de Mãe”.

O Parto Adequado está em sua segunda fase de implementação. São 114 hospitais públicos e privados vinculados à iniciativa, trabalhando juntos para reduzir o número de cesáreas desnecessárias e para melhorar o cuidado a gestantes e bebês de todo o país. O projeto tem como objetivo identificar modelos inovadores e viáveis de atenção ao parto e nascimento por meio de mudanças nas práticas de cuidado. Desde a sua criação, em 2015, o Projeto já evitou 20 mil cesarianas desnecessárias.

Fonte: www.ans.gov.br

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